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ATIVIDADE FÍSICA E O CÂNCER DE MAMA: SAIBA COMO A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS PODE AJUDAR NA PREVENÇÃO

Os hábitos e o estilo de vida contemporâneos, aliados ao aumento da exposição a fatores tóxicos ambientais como poluentes, agentes infecciosos, agrotóxicos e radiações, estão associados ao aumento de casos de câncer em todo o mundo. Por esse motivo, é de grande importância a conscientização da prevenção contra o câncer, que é responsável por uma a cada oito mortes no mundo.




Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer de mama representa 29,7% de todos os diagnósticos de câncer em mulheres no país. Entretanto, o câncer de mama apresenta grandes chances de cura se diagnosticado e tratado precocemente.

Você sabe qual a relação entre atividade física e o câncer de mama? Estima-se que 30 a 50% de todos os casos de câncer são preveníveis adotando um estilo de vida saudável e a prática regular de exercícios físicos é uma peça fundamental não apenas na prevenção, mas também durante e após o tratamento oncológico.


Segundo a médica coordenadora dos serviços de Medicina do Esporte e Medicina Preventiva da Rede Mater Dei, Carla Tavares, “para auxiliar essas mulheres, tanto na prevenção, no tratamento, quanto na recuperação, estudos cada vez maiores e mais robustos têm investigado o papel do exercício físico e os resultados são muito animadores”.


A médica ainda esclarece que "o sedentarismo foi apontado como importante fator de risco para diversas doenças, incluindo o câncer e doenças cardiovasculares. A carga de mortalidade atribuída à inatividade física varia de 21% a 25% na incidência de neoplasia de mama e de, aproximadamente, 30% na cardiopatia isquêmica.”

O papel da atividade física na prevenção do câncer de mama


Apesar de ser conhecida como uma doença com potencial fator genético, apenas 10% dos casos são por motivos hereditários. 9 em cada 10 casos de câncer de mama são devido a fatores não genéticos, e a atividade física pode ser uma abordagem preventiva bastante acessível.

Carla Tavares explica que “dados de uma importante revisão de literatura recente, de 2021, mostra que a atividade física traz grande variedade de efeitos positivos na prevenção do câncer de mama. Os principais mecanismos para esses efeitos são a sua atuação nos fatores cancerígenos, incluindo estresse oxidativo, inflamação crônica, sobrepeso, obesidade, estrogênio e dismetabolismo.


O mesmo estudo mostra comprovação de efeitos inibitórios das metástases, efeitos potenciais para reduzir os eventos adversos da terapia anticâncer, demonstrando ainda papel no bem-estar físico, mental e social, levando a um aumento da qualidade de vida e impacto significativo no prognóstico e na sobrevida do câncer de mama.”


Outras comprovações dos benefícios da atividade física, na diminuição de riscos de câncer, foram publicadas em 2020 pelo INCA. A publicação aponta que os exercícios físicos regulares podem atuar de maneira direta e indireta na prevenção do câncer de mama pois ocasionam uma diminuição da circulação de estrogênio e inflamações, reduz a gordura visceral e proporciona efeitos imunomoduladores, aumentando a imunidade e promovendo a vigilância (acompanhamento populacional) do câncer.


Os especialistas reforçam que, para grande parte dessas mulheres, “qualquer movimento é melhor do que ficar parado conforme mostram as evidências atuais. Portanto, mesmo se não tiver a oportunidade de um acompanhamento especializado, tentar manter-se ativa já fará muita diferença.”

“A meta de exercícios nesses casos é a mesma da população geral: 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada, preferencialmente com duas sessões extras de exercícios de força e flexibilidade. Já o exercício de alta intensidade deve ser evitado devido ao catabolismo da doença”, esclarece a médica.

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